Eu mesmo respondo parafraseando Dom Luciano Mendes
(In Memorian)
Quem é Cleiton Aragão de Almeida?
Como posso responder? Uma pergunta direta como esta parece, não digo indiscreta, porque na amizade não há indiscrição, mas difícil. Faz com que eu me sinta como o aluno a quem o professor, durante o exame, faz uma pergunta a que não sabe responder. Então, sente-se embaraçado. Todavia, talvez possa ser superada a dificuldade dizendo alguma coisa que descubro em mim quando faço o exame de consciência.
Antes de tudo, sinto-me chamado a viver o momento presente, sem perder, claro está, a visão do futuro. Sou um homem apaixonado pelo presente, enquanto sei que o presente nunca mais volta! O passado tem o seu valor absoluto na unidade da pessoa, o futuro tem a novidade da surpresa, mas o presente o que é?
É o instante da transparência da consciência no qual o indivíduo é chamado a entrar em comunhão com Deus no que acontece, a dividir o sofrimento e a alegria na presença de Deus.
Alguém é consciente quando se faz presente, sente-se chamado a partilhar consigo mesmo a plenitude do momento atual, da amizade, do trabalho, do desafio, do sofrimento. Isto me parece belo, por um lado, porque a pessoa sempre tem alguma coisa a fazer, ao ser chamado a viver o desafio do momento presente; por outro, tem um pouco de paz, porque cada momento traz consigo uma beleza especial, um pouco da graça de Deus.
Outro traço característico meu é que me deixo envolver mais pelo sofrimento do que pela alegria, não por ser o sofrimento maior do que a alegria - não é isto, mas porque, sabendo com certeza quanto o sofrimento está presente no coração dos homens, envergonho-me de viver momentos de alegria. Parece me que a alegria existente neste mundo é um antegosto da alegria mais plena que teremos um dia; mas que hoje o chamamento mais forte é o de partilhar com os outros os momentos difíceis, o sofrimento, isto precisamente no momento atual.
É uma característica da vida encontrar gente que sofre pobreza, doença, e devemos compartilhar tudo isso. Partilhar com os outros o sofrimento faz crescer em nós a experiência do amor. Sinto-me chamado a viver o presente e, no presente, a partilhar o sofrimento, a doença, a solidão e também a consciência que uma pessoa pode ter do seu sofrimento, da sua pobreza.
Devido a isso, às vezes não sou compreendido quando, por exemplo, querem advertir-me da urgência de um encontro - como se o valor de um compromisso dependesse da importância do que acontece - enquanto me sinto chamado a estar presente na vida de quem sofre uma necessidade. Após um dia de trabalho, é claro que me sinto cansado; mas, embora prevendo que no dia seguinte terei várias coisas a fazer, se deparo com uma alma que sofre, sinto-me impelido a ir visitá-la à noite. Nem todos compreendem quão importante seja para mim a vontade de conhecer as proporções de certas situações que talvez, de acordo com outras categorias humanas, pareceriam pequenas. Não compreendem que estas coisas me dão uma nova força para atender aos compromissos do dia seguinte.
Outra característica que percebo em mim é um misto de amor a esta vida e desejo da outra. Amor a esta vida, porque há tanto que fazer; desejo da outra vida, porque este mundo, no qual existe o pecado, é que nos faz sofrer. É como quando alguém visita a enfermaria de um hospital e sabe quanto é importante estar presente, mas desejaria que todos estivessem bons. Se for verdade que na tal enfermaria a presença da gente é necessária, por outro lado é desejável que não haja doentes graves. Há a mistura do presente com o futuro prometido, que tolhe à vida a sua plenitude, enquanto a impele para aquilo que ainda não é; do mesmo modo faz com que se nos manifeste a realidade do nosso ser e, ao mesmo tempo, a sua imperfeição característica.
Neste mundo, não têm tanto atrativo para mim a natureza, nem sequer a arte como tal: quadros, esculturas, construções. Tudo isso tem um valor que não quero negar, mas para mim tem mais valor ajudar alguém a sorrir, a superar uma dificuldade, a perdoar uma pessoa, a torná-lo capaz de vencer as próprias dificuldades. Isto me faz feliz.
Tudo isso são coisas que, por ocasião do exame de consciência, me fazem compreender as diferenças e semelhanças: diferenças com uns, e semelhanças com outros.
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Reflexão para finalizar:
“Um ladrão rouba um tesouro, mas não furta a inteligência. Uma crise destrói uma herança, mas não uma profissão. Não importa se você tem dinheiro, você é uma pessoa rica, pois possui o maior de todos os capitais: a sua inteligência... Invista nela... Estude!!”.
''Sou apenas um caminhante, que perdeu o medo de se perder. Estou seguro que sou imperfeito. Podem me chamar de louco. Podem zombar das minhas ideias. Não importa!
O que importa é que sou um caminhante que vende sonhos para os passantes. Não tenho bússula nem agenda. Não tenho nada, mas tenho tudo. Sou apenas um caminhante a procura de mim mesmo.''